Friday, April 18, 2008

Manifestações Anti-Fascistas




Este ano, tal como no ano passado, vão existir Duas Manifestações Anti-Fascistas no dia 25 de Abril, so que uma tem como objectivo celebrar o Dia da Liberdade e outra não.




A Marcha da Liberdade, conhecida como todos como o desfile da Av. da Liberdade tem em vista celebrar a revolução dos Cravos, a queda do fascismo em Portugal.

O desfile do 34º aniversário da revolução de Abril começa às 15 horas no Marquês de Pombal. Entre as organizações presentes estarão a a Associação 25 de Abril, a Associação Fronteiras, a Associação Intervenção Democrática, a Associação Pioneiros de Portugal, a Associação Portuguesa de Deficientes, a CGTP, o Conselho Português para a Paz e Cooperação, a Interjovem, a JCP, o PCP, o BE, o Movimento Democrático de Mulheres, a União dos Resistentes Antifascistas Portugueses.



A outra Manifestação da pelo nome de Manifestação Anti-Autoritária contra a Repressão Policial, e pelo que me apercebi é uma manifestação Anarquista. Não está para celebrar o 25 de Abril, (mas auto-intitula-se de Anti-Fascista) e tristemente chamam à Marcha da Revolução, «Marcha dos Tristes».

Lançaram o Seguinte convite:

Convite para uma manifestação antiautoritária contra a repressão policial.

Um ano depois do ataque policial em pleno Chiado no dia 25 de Abril de 2007, dois meses depois da carga policial no despejo do Grémio Lisbonense , perante os ataques continuados da polícia em Bairros Sociais e por todos os episódios de abuso e violência perpetrados pela repressão organizada do Estado, convocamos uma manifestação antiautoritária contra a repressão policial.
Manifestamo-nos neste dia porque passaram 34 anos desde que uma pseudo-revolução substituiu um governo fascista por um governo que continua a controlar, a matar e a reprimir e cujos antecessores rapidamente se preocuparam em controlar o 'descontrolo' das populações no pós 25 de Abril.
A marcha dos tristes, que todos os anos comemora esta transição, não nos diz nada, pois não queremos celebrar o quotidiano policial nem a liberdade-de-centro-comercial.
O sistema capitalista, na sua vertente democrática, leva-nos a pensar que não sabemos gerir as nossas vidas e que a polícia é uma realidade à qual não podemos fugir. Como se não bastasse vivermos num estado policial, querem que sejamos nós próprios os polícias das outras pessoas, de nós próprios e dos nossos vizinhos. A polícia, que todos os dias reprime e violenta, não serve a ninguém se não àqueles que lucram com a miséria de todos os outros, àqueles que nos oferecem uma vida controlada, que destroem os ecossistemas, que impõem fronteiras entre regiões, que nos roubam no trabalho, que nos dizem como devemos ser e que nos querem convencer que somos indivíduos, quando a nossa individualidade não passa de uma ilusão no leque de possibilidades que a sociedade de consumo nos deixa ter.

Assim, esta como qualquer outra data, serve para contestar este e qualquer governo pois, inevitavelmente, todos nos querem impor uma vida debaixo de câmaras de vigilância, fronteiras e polícias várias. Todos estes métodos de controlo e repressão são tendencialmente universais e à medida que o tempo passa achamos serem cada vez mais normais e sabemos serem também mais presentes.
Todos conseguimos resolver os nossos conflictos, pensar pelas nossas próprias cabeças, imaginar como realmente queremos que sejam as nossas vidas.
Apelamos à participação de todos aqueles que condenam a violência policial e os métodos que o capitalismo e o estado têm para nos controlar.

Praça da Figueira, Lisboa, 17:30h, 25 de Abril de 2008

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Não vos digo onde estarei presente, mas fica aqui um palpite! ;)

2 comments:

Anonymous said...

vais comemorar o quê se nada tens a comemorar? comemoras a democracia burguesa actual? e o que criticas no manifesto da marcha das 17.30? não citas os pontos onde diverges... acho triste não estarmos juntos, pois a luta contra a repressão policial é-nos comum.

Sr_Martelo said...

tenho a comemorar o fim do fascismo! o golpe de estado que pôs fim a mais de 30 anos de Salazarismo e repressão, vou comemorar o dia em que muita gente saiu à rua e disse o que queria, sem ser preso pela PIDE. o dia em que pessoas comuns choraram por ter sido reprimidas, torturadas e etc, choraram pela liberdade.

não vou a manifestações «rebeldes», vou celebrar o 25 de abril como data histórica pelo fim do fascismo e não a manifestações anti-bofia porque acho ridiculo. repressão policial? sim, foi feio, mas aqueles que vocês chama de os «revolucionários burugeses» é que sofreram mais de 30 anos isso na pele! respeitem sff, e vão la pintar a baixa chiado... eu respeito, cada um faz o que quer, logo como comunista sou livre de não ir a uma manifestação anarquista onde me ofenderam o ano passado com ofensas do genero filho de uma puta bolchevike ou estilinista paneleiro. mantenho aminha dignidade ao fastar-me de onde não me querem.